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A Tensão Miofascial e seu Impacto na Lombar: Perspectivas de Andry Vleeming para Fisioterapeutas



A Tensão Miofascial e seu Impacto na Lombar

A tensão miofascial na região lombo-pélvica é um fator relevante para o surgimento e persistência da dor lombar, especialmente em pacientes com dores crônicas. De acordo com o especialista Andry Vleeming, a fáscia e o tecido miofascial exercem um papel significativo na biomecânica e estabilidade da coluna. Este post explora a visão de Vleeming sobre a tensão miofascial e como essa compreensão pode aprimorar o trabalho do fisioterapeuta no diagnóstico, tratamento e reabilitação de disfunções lombares.


O Papel do Sistema Miofascial na Coluna


A fáscia é um tecido conjuntivo que reveste músculos, ossos e órgãos, formando uma rede interconectada que atua como um estabilizador global para o corpo. Vleeming estudou como essa rede influencia a movimentação e a estabilidade do complexo lombo-pélvico. Para ele, a tensão miofascial, especialmente nas regiões toracolombar e sacroilíaca, é crucial para a integridade da coluna. Essa tensão age como um “freio” natural, protegendo a coluna durante movimentos de flexão, extensão e rotação.


Por isso, Vleeming argumenta que, ao tratar pacientes com dores lombares, é essencial considerar não apenas as disfunções articulares ou musculares, mas também as tensões e aderências que podem estar presentes na fáscia e nas cadeias miofasciais.


Impacto da Tensão Miofascial na Dor Lombar


Em muitos casos, a dor lombar pode ser resultante de um padrão alterado de tensão no sistema fascial, que gera compressão excessiva e limita a amplitude de movimento. Esse desequilíbrio miofascial pode sobrecarregar áreas específicas, causando inflamação e dor ao longo do tempo. Para Vleeming, identificar e tratar essas tensões pode ser um diferencial no sucesso terapêutico em casos crônicos de dor lombar, muitas vezes associadas a uma rigidez fascial.


A análise fascial focada na coluna lombar e na pelve pode revelar padrões de restrição ou compensação que exacerbam a dor e limitam a recuperação. Com isso, o trabalho miofascial direcionado não apenas alivia a dor, mas também melhora a biomecânica de toda a coluna.


Técnicas e Abordagens Terapêuticas Baseadas na Tensão Miofascial


O trabalho de Vleeming recomenda abordagens que integram liberação miofascial e técnicas de mobilização específicas para restaurar a integridade do tecido fascial e melhorar a estabilidade lombo-pélvica. Algumas técnicas recomendadas incluem:


1. Liberação Miofascial com Pressão Sustentada

Aplicar pressão direta e sustentada nas regiões de maior tensão na fáscia toracolombar pode ajudar a liberar aderências e restaurar a mobilidade. É indicado para pacientes com pontos de dor focalizados que limitam o movimento.

2. Técnicas de Deslizamento Fascial

Usadas para mobilizar o tecido fascial sem soltar completamente a pressão, essas técnicas promovem o deslizamento entre as diferentes camadas da fáscia, reduzindo a rigidez local e melhorando a circulação. Essencial para pacientes que apresentam dor difusa ou sensibilidade aumentada.

3. Exercícios de Mobilidade Funcional para o Complexo Lombo-Pélvico

Exercícios que trabalham mobilidade e estabilidade de forma integrada são eficazes para estimular o alongamento do tecido fascial e fortalecer a musculatura de suporte da coluna. Movimentos que incluem torções controladas, rotação do tronco e extensões suaves são ideais para trabalhar a flexibilidade miofascial.

4. Mobilização Articular Suave Associada à Liberação Miofascial

A associação de técnicas de mobilização para articulações sacroilíacas e lombares com a liberação miofascial pode proporcionar um alívio mais duradouro. Essa abordagem visa restaurar o alinhamento e diminuir as forças compressivas sobre a coluna.


Dicas Práticas para Avaliação Miofascial


Para Vleeming, o sucesso terapêutico está intimamente ligado à avaliação detalhada da tensão miofascial. Aqui estão algumas dicas para avaliar o tecido fascial em pacientes com dor lombar:


Palpação das Cadeias Miofasciais: Verifique a continuidade da fáscia desde a pelve até a parte superior das costas, identificando áreas de aderência ou espessamento.

Teste de Mobilidade Pélvica e Lombar: Teste a amplitude de movimento do quadril e lombar, observando como a fáscia responde a movimentos ativos e passivos.

Análise Postural Global: Observe a postura para identificar padrões compensatórios que possam estar sobrecarregando o sistema fascial na região lombar.


Conclusão


Integrar as percepções de Andry Vleeming sobre a tensão miofascial no tratamento de dores lombares permite ao fisioterapeuta abordar o problema de forma mais ampla e profunda. Em muitos casos, ao focar no tecido fascial, é possível reduzir a dor, restaurar a mobilidade e prevenir recidivas. Aplicar técnicas de liberação e mobilização miofascial pode ser um diferencial no tratamento da dor lombar crônica e nas disfunções lombo-pélvicas, especialmente em pacientes que já experimentaram tratamentos convencionais com pouco sucesso.


Esse enfoque completo no sistema miofascial conforme as pesquisas de Vleeming pode contribuir para resultados mais consistentes, oferecendo um caminho alternativo para tratar e entender a dor lombar em uma perspectiva funcional.

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